Nossos “novos” tempos
Que tempos são esses que enfrentamos
Em que sofremos com o pão que não amassamos?
Que é que acontece
Que até de nossa história o povo se esquece?
Que tempos são esses que enfrentamos
Em que sofremos com o pão que não amassamos?
Que é que acontece
Que até de nossa história o povo se esquece?
A imaginação é substância volátil
Planando em território tátil
A transmutar o que a realidade oculta,
A pulsar valente o que ao óbvio insulta.
Não quero entrar em parafuso,
Paranóia.
Não quero ser para-raios de outras histórias,
Cair de paraquedas no meio de um abismo que não é meu.
Não quero perder tempo a observar para-brisas
Em dia de tempestade a castigar.
Se fosse possível traduzir a vida em palavras, arriscaria dizer que a obviedade do efêmero é sentença que recai sobre a cabeça de quem - ou o quê – está pelo mundo. Acrescentando-se a esta pétrea certeza, existem outros fatores que não só a torna estúpida como também cansativa: a involuntária ginástica do acordar e adormecer, do cair e levantar, nascer e morrer. São mecanismos que não se ensaiam, não podem ser simulados. Acontecem e ponto final.
O Recomeço
Moldo do destroço.
Monto o que se quebrou,
Ergo o que restou
Para ressignificar a partida
E transformar o que sobra da vida.
Axí, credo!
A menina aqui paga mais que os outro. Mas óia! Tô pá te falá que o serviço por aqui é dobrado tomém. É roupa suja de monte, tudinho numa bagunça que – Ai, papai! – só pedindo a Deus Nosso Senhô pra dá força pra eu consegui deixa na ordem.
Valei-me, Nosso Senhô!